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Bandeira e Brasão das Armas





À medida que a intelectualidade de um povo toma novos e dilatados horizontes, em igual proporção aumenta-se o desejo de firmar sua individualidade, dentro do âmbito interno do País.

E, nada melhor do que símbolos individualizantes para se conseguir o objetivo.

Aproximávamos do sesquicentenário de fundação e o centenário de elevação à cidade e ainda não tínhamos nossos símbolos próprios, permitidos e disciplinados por dispositivos legais, consoante as normas da ciência heráldica.

Imbuído de filial amor à nossa terra, possuído do ideal de servi-la com todo o entusiasmo do nosso ser, nos inteiramos das leis da heráldica, ciência que regula a criação de estandartes, bandeiras e brasões e, nos consumimos na tarefa de idealizar os símbolos máximos da gente paraisense vencendo o concurso público realizado pelos Poderes Municipais, para tal fim.

Levado, o nosso trabalho, à apreciação da Egrégia Câmara Municipal, foi o mesmo aprovado e solenemente inaugurado no decurso das solenidades cívicas do dia 25 de agosto de 1968, à Praça comendador João Alves, estando presentes todas as autoridades e grande multidão de povo que aplaudiu entusiasticamente.

Características da Bandeira:



A bandeira é esquartelada em cruz, de conformidade com a tradição da Heráldica Portuguesa. Ao centro traz aplicado o Brasão do Município as cores da bandeira são as mesmas constantes do escudo. Os quartéis são de blau (azul). Em um losango branco, central, figura em equilíbrio o brasão. Partem desses losango faixas vermelhas, dividindo a bandeira nos sintatos quartéis.

Simbolismo da bandeira: o Brasão ao centro, simboliza o Governo Municipal; o losango o­nde é aplicado representa a própria cidade do Município. As faixas que partem desse losango, dividindo a bandeira em quartéis simbolizam a irradiação do poder municipal a todos os quadrantes do território; os quartéis representam as propriedades rurais existentes no município.


Características do Brasão das Armas:



Escudo flamengo-ibérico (ou arredondado, a relembrar a raça portuguesa, descobridora e colonizadora do Brasil) de blau (azul), cor emblemática da lealdade, da virtude, que é apanágio das nobres cidades; homenagem, ainda, ao céu de nossa cidade. Um capacete militar romano, duas setas; justa homenagem ao patrono da cidade, o destemido, o intrépido, Capitão Sebastião, Chefe da Guarda Imperial de Deocleciano, morto em holocausto à sua fé. Dois Arcanjos; alusão às bíblicas figuras do "Paraíso Terrestre", individualizantes de nossa toponímia. Duas colinas; referência aos morros do Baú de Santa Cruz e Baú de Santa Terezinha, interessantes sentinelas periféricas da cidade. Coroa mural; segundo a Heráldica, distintivo de cidade em geral. Quatro torres ameadas; das quais apenas três se vêem: uma inteira ao centro e meia de cada lado, como estabelecem as leis de perspectiva. Dois ramos de café; ornamentos que representam a principal riqueza agrícola do Município. Um listel; destinado a ostentar o topônimo da cidade - sede do Município, bem como a recordar as duas datas de sua fundação (1821) e elevação à Cidade (1873).

Crédito: Dr. Luiz Ferreira Calafiori