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O município de São Sebastião do Paraíso participou da 10ª Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais com uma ação conjunta das secretarias municipais de Cultura e Turismo e de Meio Ambiente. Sob o tema “Patrimônio em Movimento: Preservando a Paisagem Cultural de Paraíso através do Parque da Serrinha”, a iniciativa, realizada em setembro, direcionou-se a alunos do ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual, além de conselheiros e servidores públicos.

A ação teve caráter educativo e ambiental, com o objetivo central de conscientizar sobre os perigos e impactos das queimadas — um risco crescente durante o período de seca. Paralelamente, buscou promover o conhecimento e a valorização do Parque Municipal “Águas da Serrinha”, localizado às margens da Rodovia BR 265 (saída para Ribeirão Preto/SP), um bem cultural inventariado do município, como parte representativa da paisagem mineira local. A programação ainda incluiu uma palestra informativa, uma caminhada ecológica e um lanche de confraternização, proporcionando uma experiência imersiva e significativa para os participantes.

Embora o foco inicial fosse a preservação paisagística e natural mineira, a iniciativa transcendeu a pauta ambiental, tornando-se uma poderosa ferramenta de educação patrimonial. Os impactos positivos para a comunidade e para Minas Gerais foram diversos, como o reconhecimento do patrimônio local e a conexão entre natureza e cultura. A ação reforçou que o patrimônio cultural não se limita a prédios e obras de arte. A paisagem natural do parque é um elemento fundamental que molda a cultura, as tradições e a autoimagem da comunidade mineira.

A presença no local, mediada por explicações sobre sua condição de bem inventariado, funcionou como uma aula prática de patrimônio. Os alunos aprenderam que a cidade possui locais de valor especial que merecem cuidado e preservação. Com isso foi incentivado o fortalecimento da cidadania. Ao conhecer e desfrutar do parque, os participantes desenvolveram um senso de pertencimento e um vínculo afetivo com o local. Esse sentimento é crucial para a formação de cidadãos mais engajados na proteção do meio ambiente e do patrimônio cultural como um todo.

Contamos também com a multiplicação do conhecimento adquirido. Os estudantes se tornaram agentes multiplicadores, levando para suas famílias e amigos não apenas a mensagem sobre prevenção das queimadas, mas também a importância do Parque da Serrinha, incentivando novas visitas e discussões sobre preservação.

A ação se alinha perfeitamente com a vasta e diversa riqueza patrimonial de Minas Gerais, que inclui não apenas as cidades históricas, mas também as paisagens naturais e os bens inventariados nos municípios, mostrando como as comunidades se relacionam com seu entorno. Além da riqueza natural, a ação resgatou a dimensão histórica e toponímica do parque. O Parque da Serrinha guarda em sua identidade a memória de ser a fonte de água que abasteceu São Sebastião do Paraíso no século XIX. Reconhecido desde os primórdios da cidade como um manancial vital, o local não é apenas uma área verde, mas um marco fundacional da comunidade, cujo valor histórico foi agora reavivado pela Secretaria de Meio Ambiente para as novas gerações.

Em suma, a ação “Patrimônio em Movimento” no Parque da Serrinha mostrou que a preservação ambiental e cultural são dois lados da mesma moeda. Ao focar em um bem natural inventariado, a iniciativa se tornou um pilar fundamental para despertar o conhecimento, o afeto e o engajamento da comunidade com as riquezas de São Sebastião do Paraíso, contribuindo, assim, para a valorização do patrimônio cultural de todo o estado de Minas Gerais.