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Durante o mês de julho, período de férias escolares e maior fluxo de viagens, o número de bolsas de sangue nos hospitais tende a cair. Ao mesmo tempo, a demanda aumenta, já que acidentes e cirurgias de urgência se tornam mais frequentes. Em São Sebastião do Paraíso, o Posto Avançado de Coleta Externa de Sangue (Pace), ligado à Fundação Hemominas de Passos, tem desempenhado papel essencial para abastecer os estoques da Santa Casa e de outras unidades da região.

Segundo a coordenadora do Pace, Fabiola Aparecida de Santos, a queda nas doações nesse período é um fenômeno que se repete a cada ano. “O que vemos na prática é um desequilíbrio nas duas pontas. Nossos doadores viajam e deixam de comparecer, enquanto a demanda por sangue aumenta por causa do maior número de acidentes e procedimentos cirúrgicos”, relata.

As coletas são realizadas todas as quintas-feiras, mediante agendamento prévio pelo telefone ou WhatsApp (35) 98868-3728. Cada doador contribui com cerca de 450 ml de sangue, que são enviados à unidade de Poços de Caldas para fracionamento e, posteriormente, armazenados em Passos, de onde retornam conforme a necessidade. “Cada bolsa pode beneficiar até quatro pessoas, e o sangue doado aqui retorna rapidamente quando há demanda na Santa Casa ou em outros hospitais”, explica Fabiola.

Desde sua inauguração em 2024, o Posto Avançado de Coleta Externa tem contribuído para aproximar os doadores da solidariedade, reduzindo distâncias e facilitando o acesso à doação para moradores de São Sebastião do Paraíso e cidades vizinhas, como Monte Santo de Minas, Jacuí e até Franca. A estrutura local tem recebido elogios pelo conforto e acolhimento, o que tem estimulado uma adesão cada vez maior à campanha.

A média atual é de 38 a 40 bolsas coletadas por dia de atendimento, podendo chegar a até 60 doadores agendados. Segundo Fabiola, o tipo O negativo é sempre o mais requisitado por ser considerado universal em emergências, mas todos os grupos sanguíneos são necessários, sobretudo para pacientes em tratamento contínuo, como os que enfrentam câncer ou doenças hematológicas.

“A doação de sangue é um ato de amor. Você salva vidas sem saber quando poderá precisar. É um gesto que pode transformar o desespero de alguém em esperança”, finaliza a coordenadora.