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Ouvidoria Municipal


CRAS amplia rede de serviços no Santa Tereza

25/04/2011

 A implantação de uma unidade do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) no bairro Santa Tereza está revolucionando a vida de centenas de famílias moradoras do local e adjacências. São vários programas existentes e voltados para o público de diferentes faixas etárias que abrange da criança à pessoa  idosa. “Todo o trabalho visa promover a emancipação social das famílias e desenvolver a cidadania”, explica Lucilaine de Pádua, psicóloga do núcleo.
 O CRAS é uma aposta do serviço de assistência social no município a partir de um projeto que foi reformulado e que mudou a forma de atendimento das pessoas atendidas. O modelo implementado trocou a sistemática antes existente no formato assistencialista para uma forma de atuação que está mudando e transformando a realidade das pessoas. “Trabalhamos hoje com uma legislação que oferece iniciativas, alternativas e concede mais autonomia às famílias e os resultados estão sendo satisfatórios e surpreendentes”, comenta Lucilaine.
 O centro presta serviço de proteção social básica e realiza um trabalho preventivo com a comunidade. Na região do Santa Tereza abrange cerca de cinco mil famílias o­nde são prestados vários tipos de serviço como o atendimento do Bolsa Família, o Programa de Atenção Integral a Família (PAIF) e o ProJovem, por exemplo. “Aqui nós atendemos as famílias como um todo, porque temos as visitas familiares, desenvolvemos atividades de convivência e fortalecimento de vínculos o­nde oferecemos serviços de forma tipificada, de acordo com as diferentes faixas etárias”, descreve a psicóloga.
 Para crianças com idade até 10 anos existe a brinquedoteca que pode ser utilizada de segunda a sexta-feira. Também há atividades específicas para os adolescentes nas faixas de 11 a 14 anos. Em maio tem início o ProJovem Adolescente que antes não existia na localidade e que atenderá o público de 50 jovens de 15 a 17 anos. “O trabalho do CRAS é muito bonito porque vai desde ensinar preencher um currículo, ajuda as pessoas não têm acesso a computador,  nós buscamos  capacitar, realizamos cursos e promovemos inclusão social”. O Centro tem  ligações e interage com outras politicas públicas, através das secretarias de Educação, Esporte, Saúde  e Segurança Pública, formando uma grande rede.
 O atendimento é bem mais abrangente porque também existem os programa de fortalecimento de vínculos para idosos, como o Grupo da Alegria para senhoras que foi criado em setembro do ano passado. Estão cadastradas cerca de 30 pessoas que se reúnem toda terça-feira o­nde são realizadas atividades físicas e depois atividade de convivência.



 “Nos Grupos, nós temos jovens, senhoras e mulheres um delas com mais de 80 anos o­nde desenvolvemos atividades como crochê, pintura, decoupagem, o­nde o que é produzido aqui elas levam para casa e até comercializam e acaba se tornando fonte de renda e ajuda financeira em casa”, acrescenta.
 Conforme a psicóloga o CRAS tem a função de trabalhar a inserção e inclusão das pessoas com o objetivo de promover as famílias, através de aspectos fundamentais de base que são estruturados a partir da educação, saúde e no atendimento integral. “O nosso foco principal é o resgatar o vínculo familiar, o convívio saudável, fazemos a mediação de conflitos seja de forma individual, familiar abrangendo inclusive as diferentes gerações”, observa.

 Modelos e estrutura  —  O fato de o modelo de constituição familiar ter se modificado nos últimos anos faz com que o trabalho da assistência também seja remodelado. Antes existia o pai, a mãe e os filhos. “Hoje os arranjos familiares são um pouco diferentes tem o padrasto, a madrasta e o enteado e muitas vezes nesta formação existem muitos conflitos, isso porque  que a questão dos valores e o respeito foram sendo modificados ao longo do tempo”, observa. Tem ainda a situação das mulheres que trabalham fora de casa e das crianças que ficam ociosas. “Se de um lado as mães estão atarefadas é preciso ocupar quem está ocioso e os nossos serviços de convivência vem atender estas famílias que já estão em área de risco social e são vulneráveis a diversas situações e precisam ser protegidas”, diz Lucilaine.
 Em 2010 o CRAS realizou experiência com jovens gestantes com idade até 20 anos, através de um trabalho especial. “Trabalhamos a questão estrutural, a saúde, a informação, produzimos lembranças e até hoje estas meninas continuam vindo aqui, elas trazem suas crianças e continuam aqui conosco”, relata a psicóloga. Segundo ela o centro é uma porta aberta  a toda a comunidade, por não ser necessário agendamento e o­nde todos que chegam são acolhidos, recebem orientação e são incluídas em algum programa e grupo de atividade.
 A abrangência do serviço pode ser medida  através das visitas domiciliares, o­nde em uma área de abrangência de cinco mil famílias, no período de janeiro a dezembro a meta de atendimento é de  mil  atendidas. Os números variam mas há uma média de  300 famílias atendidas mensalmente, incluindo os Grupos de Convivência com crianças e jovens. “Sabemos que o adolescente e o jovem as vezes são distantes, não gostam de participar, mas estamos conseguindo fazer a diferença e estamos conseguindo fazer com que eles se aproximem e venham participar conosco, um vem depois volta e traz outros”, relata a psicóloga.
 Um dos fatores para o sucesso no CRAS é o trabalho em equipe e também o suporte que a rede socioassistencial oferece, pois as instituições e outras Políticas Públicas ampliam a oferta de serviços e possibilitam encaminhamentos diversos. A base para a oferta de serviços tem a atuação de psicóloga, assistente social, facilitadores de oficina de artes e artesanato, Orientadores Sociais, além de estagiários. Para cada grupo de trabalho há um mediador e os apoiadores e todo o trabalho acaba sendo interligado em cada núcleo com troca de informações entre os  vários programas existentes e ofertados à comunidade.
 Criado no município desde 2004, a primeira sede do CRAS surgiu em 31 de outubro de 2006 e atendia a região dos bairros Cidade Nova, Muschioni e Residencial Morumbi. Hoje a sede está na Avenida Wenceslau Brás,480. Em 2007 foi inaugurado o centro de atendimento no Distrito da Guardinha, considerado um grande presente para a comunidade. “Em 2010 iniciamos aqui no Santa Tereza o­nde começamos a oferta dos serviços e foi uma escolha muito acertada e desde então estamos tendo uma adesão cada vez maior, porque as pessoas se deslocavam para o centro em busca de atendimento”, comenta a psicóloga.
 A nova sede no bairro Santa Tereza possui salas de artes, de reunião, salão e já possui sanitários adaptados à acessibilidade. “É uma construção  fundamental, uma espaço adequado e bonito que tem tudo que é importante para um atendimento de qualidade. A própria comunidade já tem este local como referência como ocorreu na reunião para decidir sobre o asfaltamento das ruas do bairro, algumas noites abrimos as portas para  reuniões e palestras, o que amplia o acesso ao serviço, pois quem trabalho o dia todo fica, muitas vezes impossibilitado o atendimento, queremos cada vez mais as pessoas usando o centro”, destaca Lucilaine. Ela resume que o trabalho está sendo cumprido com eficiência. “O prédio é funcional, o CRAS é a casa das famílias e as pessoas precisam conhecer e estamos mostrando o que temos a oferecer”, finaliza.