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Institucional 4


Má gestão compromete vida útil do Aterro

07/10/2016

O aterro sanitário de São Sebastião do Paraíso pode ter perdido cinco anos de vida útil. A conclusão foi feita durante uma visita técnica realizada, na quinta-feira, 6, pelo secretário municipal de Obras, José Antônio Cintra, e funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. "Infelizmente esta primeira plataforma já está comprometida devido a má gestão e manejo inadequado que ocorreu neste período inicial de operação", comentou. A solução, segundo Yara de Lourdes Souza Borges, será a aplicação de medidas emergenciais, retomada e ampliação da coleta seletiva em Paraíso, além da implantação do Consorcio Intermunicipal no início de 2017.

Durante a visita que contou com a presença de funcionários das secretarias de Obras e Meio Ambiente, foi realizada uma avaliação da situação do aterro sanitário de Paraíso. "Vejo de forma triste como está a situação. Acompanhei o processo de construção e só agora estou retornando e, pelo que vimos, a operação de forma inadequada comprometeu a vida útil do aterro em pelo menos cinco anos", avalia José Cintra. Ele opina que um trabalho conjunto entre as duas secretarias poderá resolver os problemas existentes. "Solucionar esta situação vai demandar ações de curto, médio e longo prazo", acrescenta.

Entre as medidas emergenciais, o secretario anuncia a troca do maquinário que está sendo empregado no local. "Vamos colocar aqui uma retroescavadeira que fará o serviço de outras duas máquinas, com um só operador. Teremos de arrumar esta primeira plataforma com o plantio de grama em algumas áreas, além de um melhor selecionamento e distribuição do material que é depositado", avalia. José Cintra que no local estão quatro máquinas, sendo que duas delas estão quebradas. "Vamos recolhê-las, substituí-las, consertar o que for preciso e destinar o equipamento recuperado para trabalhar nas estradas rurais", antecipa.

Ainda de acordo com Yara, a solução para resolver o problema no aterro será iniciar a segunda plataforma e fazer funcionar o Consórcio Municipal. "Este é um dos condicionantes que o Estado nos impõe quando libera a licença operacional. Nesta semana já estamos em contato com os novos prefeitos eleitos para iniciarmos este serviço no começo de 2017", salienta. Além de Paraíso o aterro local deve atender aos municípios de Jacuí, Itamogi, São Tomás de Aquino, Pratápolis, Fortaleza de Minas e Monte Santo de Minas.

Com o consórcio em funcionamento, o município terá ampliado em cerca de 30% os recursos recebidos do Estado de ICMS Ecológico, que também é destinado para a manutenção do aterro. Além disso será preciso revitalizar o trabalho de coleta seletiva existente em Paraíso para que seja encaminhado para o aterro apenas os rejeitos. "Já entramos em contato com os membros da Associação de Coletores de Recicláveis, para retomarmos a parceria com a Prefeitura. A população também deve fazer a sua parte na separação e destinação do lixo de forma correta", acrescenta. Para José Cintra, será preciso uma ampla campanha de conscientização para que a população participe de forma efetiva deste processo.

O aterro  —  O aterro sanitário de São Sebastião do Paraíso está em operação desde março de 2013 e  recebe cerca de 50 toneladas de rejeito por dia. Considerado um modelo para a região, o local vem enfrentando problemas de gestão e chegou a ser motivo de embargo pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram). Quando de sua implantação, o município recebeu recursos de R$ 2,2 milhões que foram garantidos através de um convênio com o Fundo de Proteção, Recuperação e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fihidro). Além da aquisição da área, a Prefeitura investiu na época cerca de R$ 300 mil em contrapartida.

Pouco depois de dois anos de funcionamento, a Prefeitura chegou a ser multada em cerca de R$ 50 mil por uma série de irregularidades cometidas no manejo inadequado do local. " Esta semana recebemos a visita da Polícia de Meio Ambiente que esteve no aterro e nos informou que agora a situação está bem melhor do que antes, mesmo assim  teremos de trabalhar muito para deixar o aterro dentro das condições adequadas que ele deve funcionar", conclui Yara.


fotos: Adriano Rosa