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Institucional 4


Casa da Cultura recebe exposição Paulo Mendes Campos

15/04/2009

 Entre as inúmeras ações de incentivo à leitura que a Superintendência de Bibliotecas Públicas do Estado de Minas Gerais  desenvolve regularmente, destaca-se a elaboração de exposições em homenagem a autores, temas e datas do universo literário.
  Reconhecido, entre tantos outros fatos, por integrar o quarteto intitulado “Cavaleiros de um íntimo Apocalipse”, o escritor mineiro Paulo Mendes Campos recebe homenagem dos paraisenses em exposição itinerante aberta no dia 13 de abril, na Casa de Cultura.
 Com curadoria do historiador Luiz Ferreira Calafiori e de Lucas Cândido de Oliveira, a exposição fica aberta até 30 de abril e tem como objetivo central divulgar a obra e vida do poeta e prosador. A mostra possui 28 painéis, divididos em apresentação, cronologia, biografia, bibliografia, poemas e trechos extraídos dos livros publicados, citações de artistas e escritores renomados sobre Paulo Mendes Campos e falas do próprio homenageado acerca de inúmeros assuntos.
 Paulo Mendes Campos foi o menos notório, o menos festejado dos “Cavaleiros de um íntimo Apocalipse”, o legendário quarteto formado também pelos escritores mineiros Fernando Sabino, Hélio Pellegrino e Otto Lara Resende. Mas o escritor, nascido em Belo Horizonte em 1922, aos 69 anos de idade foi ainda, na avaliação de tantos que mais de perto conheceram o grupo, se não o mais dotado, o mais preparado dos quatro para a literatura. Deixou uma obra poética fisicamente modesta, embora de alta qualidade.
 De acordo com os curadores, Paulo Mendes Campos foi sobretudo poeta, calçado pela erudição de quem tudo leu e soube assimilar, vincado por uma inteligência de primeira ordem, por uma sensibilidade depurada e por um saudável, jamais paralisante ceticismo diante da vida. E, também, por um senso de humor de fina extração faceta de seu talento que, ao lado das demais, não poderia estar ausente desta mostra em que se busca aproximar do leitor um dos melhores escritores brasileiros do século XX.
 “Em 1945, larguei os meus empreguinhos, tomei o trem e vim de mãos abanando para o Rio, o­nde já estava o Fernando. O Otto e o Hélio vieram depois. Vim mais para conhecer o poeta chileno Pablo Neruda, mas aqui estou até hoje. Viajei um pouco para o estrangeiro, entrei para o jornalismo, publiquei meu primeiro livro no dia do meu casamento. E tenho feito de tudo na máquina de escrever: publicidade, roteiros e textos de cinema documentário, traduções, reportagens, entrevistas, crônicas e até alguma poesia”, afirma Paulo Mendes.
 A visitação está aberta na Casa da Cultura, à avenida Oliveira Rezende, nº 509, bairro Braz, até o dia 30 de abril, das 8h às 11h e das 13h às 17h. Aos sábados e domingos, das 13h às 17h. Entrada franca.